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Mostrando postagens de janeiro, 2016

Não perca

Reinvente-se, mude. Pense em novos planos, novos caminhos, novos sonhos. Conheça lugares, pessoas, pontos de vista: viva. Mas não se esqueça de quem você é, daqueles que te trouxeram até aqui, das coisas que te fizeram ser assim, do jeito que é, e ao mesmo tempo também ajudaram a desejar certas mudanças. Mas o novo não surge do nada, não nega completamente o que havia antes, pelo contrário, toma o que já existia como base para criação. Reinvente-se, mude, mas nunca perca a sua essência, aquilo que te faz ser quem é. Isabela C. Santos

Maria

Maria era só mais uma moça como todas as outras, mas o que Maria não sabia é que todas as outras moças não eram iguais, o que fazia com Maria também não fosse. Se Maria tinha alguma certeza quanto a sua própria vida era o fato de que era extremamente comum (a começar pelo nome). Do trabalho pra casa, da casa para o trabalho, de volta a casa, logo indo para o trabalho, fim de semana ver os amigos, segunda voltar a tudo isso. Mas se há algo que Maria não se dava conta a todo momento é que os detalhes a fazia única e se existe alguém que pode tornar uma vida única é o dono da própria vida. Maria sempre se espreguiçava antes de acordar e quase nunca tomava algo mais do que um leite com café pela manhã, conversava com o gato antes de sair e sempre que entrava em seu carro dizia a si mesma que precisava limpá-lo. Se quiser saber, quando estava na posição de pedestre Maria corria para atravessar a rua (mesmo que o farol estivesse fechado). Dava bom dia aos conhecidos, sorria pa

Nem sempre

Talvez eu nunca compreenda de fato como o início do ano, as confraternizações, as viagens e os novos lugares podem nos dar essa sensação de recomeço, de esperança. Talvez eu não compreenda exatamente como as pausas podem nos fazer continuar. Talvez eu não entenda com detalhe muitas coisas, mas meu bem, talvez não seja necessário compreender cada detalhe para a vida fazer sentido. A beleza de uma árvore não deixa de existir porque não sei ao certo como ela se formou, tampouco um morango deixa de ser saboroso pela mesma razão. Nem sempre é preciso conhecer os detalhes. Nem sempre. Isabela C. Santos

Deixei em branco

Deixei em branco o último mês do ano, deixei em branco as páginas do diário dedicadas a falar sobre as coisas que tanto me incomodam. Simplesmente deixei em branco. Deixei em branco os espaços de agradecimento e das palavras de carinho. Calei-me. No silêncio me escondi esperando tudo mudar, torcendo para tudo passar, desejando logo o fim. E no fim dessa escalada terá mesmo uma ponte? Depois de tanto andar, deixando a vida em branco para não pensar - buscando ganhar a vida, que ironia -, terá mesmo uma continuidade para enfim preencher as páginas ignoradas? Subo uma montanha todos os dias e espero que em seu topo tenha uma ponte, para outra fase da vida, mas de que adiantará uma outra montanha, uma outra fase, se mais uma vez eu deixar tudo passar em branco? O que acontecerá quando enfim não houver uma ponte? Meu bem, simplesmente deixar passar é não existir, é não agir. Assistir um filme sem se dar conta da história, ler um livro sem nada ficar... É não permitir-se marcar, som