Sabe uma daquelas conversas longas com vendedores simpáticos pelo telefone? Aqueles vendedores que conseguem esgotar todos os recursos firmes e educados para dispensar os serviços que eles estão oferecendo até que a sua única resposta seja simplesmente "não" e você se segure para não complementar com "porque não"? Foi um desses vendedores que de tanto me perguntar o porquê e estrategicamente me tratar de modo aproximado fez com que eu pensasse (mais uma vez) sobre a vida e o quanto vivo num misto de ansiedade, esperança e há quem diga, calma. Já havia dito que não tinha tempo para ler porque as coisas que eu tinha que ler me tomavam muito tempo, também falei que tempo me faltava nos finais de semana e que o serviço oferecido e todos os benefícios não me serviriam de nada porque eu simplesmente não conseguiria usufruir (não mencionei o fato de que R$ 2,90 é o preço do pão de queijo na lanchonete da faculdade e que gosto muito dele). Estava me justificando para
pois elas nunca nos deixam totalmente.